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Por Victória Oliveira, g1 MT

Um mês após o desligamento dos aparelhos que mantinham viva a jovem Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, e da morte do bebê dela, o marido dela, João Matheus Silva, de 23 anos, pediu demissão do emprego para se mudar de Mato Grosso e recomeçar a vida.

A jovem foi mantida viva por aparelhos na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, após ter morte cerebral decretada no dia 1º de janeiro. A medida foi necessária porque ela estava grávida de seis meses e, devido à gestação avançada, os médicos decidiram manter os aparelhos ligados até o nascimento do bebê.

Em entrevista ao g1, João contou que, após o velório e sepultamento da esposa e do filho, retornou para Rondonópolis, com intuito de continuar trabalhando, mas não conseguiu permanecer no município devido às lembranças da família. Ele retornou para a cidade natal, que fica na divisa entre os estados de Tocantins e Maranhão, nesse sábado (22).

“Vim tentar continuar, mas quando cheguei aqui [em Rondonópolis] comecei a ter umas crises, relembrando as coisas, tive uns pensamentos muito ruins. Eu vou passar um tempo lá, quero esfriar a cabeça e ver o que Deus tem pra mim”, ressaltou.