Deputados de Mato Grosso criticam proposta de mudança na jornada de trabalho 6×1
Publicado em 14 de Novembro de 2024.
“Nós definimos na Reforma Trabalhista que é livre, se o patrão e o empregado decidirem que vai ser só um dia por semana, está livre”, disse Medeiros, enfatizando que a atual legislação já oferece autonomia para ajustar a carga horária.
O deputado Nelson Barbudo também questionou a viabilidade econômica da proposta, alertando que uma jornada de trabalho 4×3 poderia encarecer os custos operacionais dos empregadores. Barbudo criticou o que chamou de “barulho midiático” da proposta e, em tom político, afirmou que a medida serve apenas para “jogar para a torcida” e não considera a realidade fiscal do país, o que poderia levar a novos aumentos de impostos.
Tramitação da PEC e apoio popular
Para seguir adiante, a PEC da deputada Erika Hilton precisa ainda ser analisada e votada pela Câmara dos Deputados. Atualmente, a Constituição prevê uma jornada máxima de 8 horas diárias e 44 horas semanais, permitindo o regime 6×1.
A proposta de Hilton, ao sugerir a jornada de trabalho 4×3, representa uma tentativa de reduzir essa carga semanal, e a deputada já conseguiu obter 199 assinaturas, acima do mínimo necessário de 171 para que o projeto comece a tramitar. Erika Hilton compartilhou nas redes sociais sua satisfação com o apoio obtido e reforçou que a mudança proposta visa promover melhores condições de trabalho e qualidade de vida para os brasileiros.
Entretanto, a PEC reflete um debate polarizado entre os que defendem maior flexibilidade e os que acreditam que mudanças na legislação trabalhista devem ser cuidadosamente analisadas para evitar possíveis impactos negativos na economia.
Enquanto uns apoiam a ideia de que jornadas mais curtas contribuem para a saúde e a produtividade dos trabalhadores, outros, como os deputados do PL, enxergam na PEC um risco aos empregadores e à sustentabilidade dos negócios, sobretudo em tempos de desafios econômicos.